"NOIS POR NOIS"

                      

03/11/2011 08h10 - Atualizado em 03/11/2011 08h10

A Alegria voltou esperamos que o Futebol Tambem volte.

Zagueiro Luiz Eduardo e volante Wellington ressaltam mudança de astral no CT com a chegada do novo treinador. Aspecto tático também é elogiado

Por Marcelo Prado

 

É inegável a mudança no ambiente do São Paulo após a chegada do técnico Emerson Leão. Exigente, e com autorização para dar uma chacoalhada no elenco, o treinador tem conseguido motivar os atletas. As brincadeiras voltaram a fazer parte do cotidiano e os treinos, apesar de serem muito mais exigentes, com até duas horas de duração, têm sido realizados em um clima muito mais leve. Os próprios jogadores reconhecem a importância do novo treinador nesse processo. Todos evitam citar de forma direta o antecessor de Leão, Adilson Batista. Mas o zagueiro Luiz Eduardo, por exemplo, diz que Leão conseguiu rapidamente fazer o elenco reagir.

Faltava alguém que nos desse a oportunidade de ser alegre em campo. Fica muito ligado e não aparece. Ele chegou dizendo que temos de ter alegria, concentração para unir tudo isso e colocar dentro de campo. Os outros treinadores eram mais rígidos. Ele, apesar da fama de durão, consegue passar alegria. Eu mesmo só ouvia falar coisa na mídia e tem sido bem diferente quando o encontrei - afirmou Luiz Eduardo.

       Wellington, por sua vez, disse que o estilo do treinador nos       treinos, olhando cada chute, cada cruzamento, está fazendo o time crescer. O próximo passo será mostrar isso dentro de campo.

- O Leão resolveu pegar forte para fazer o time reagir. Ele é detalhista, está sempre por perto. Vocês estão vendo que os treinos começam com alegria e terminam com alegria. Acho que o Leão tem uma linguagem simples e passa exatamente isso aos atletas. Ele foi atento ao perceber que a mudança para o esquema 3-5-2 daria maior segurança para o time. Eu, como volante, senti muita diferença na marcação. O time esteve mais compacto - disse o volante.

Vale lembrar que Leão tem contrato com o São Paulo até 31 de dezembro. Ele sabe que não é a primeira opção da diretoria para 2012. Porém, se conseguir fazer o time reagir e, no mínimo, garantir uma vaga na Taça Libertadores do ano que vem, o treinador poderá ser mantido no cargo.

Leão diz que não faz planos. Mas, em conversa com os dirigentes nesta semana, já passou alguns nomes de reforços para a próxima temporada.

Em nova função, Piris sofre com
Leão e exige reação contra o Bahia

Com a mudança no esquema tático do time do São Paulo do 4-4-2 para o 3-5-2, um dos jogadores que cresceu de produção foi o lateral direito Piris. Se antes o paraguaio era conhecido pela sua força na marcação, nos últimos jogos ele tem mostrado desenvoltura no apoio ao ataque. Nos treinos desta semana, o defensor tem sido um dos principais alvos do técnico Emerson Leão, sempre de olho no jeito que o gringo bate na bola ao fazer cruzamentos e chutar para o gol.

A cada erro, o treinador chama Piris, levanta o seu pé direito e mostra onde deve ser o local correto para efetuar a jogada. E o jogador, que tem sido titular desde que foi contratado do Cerro Porteño, mostra empenho para agradar ao exigente chefe. O paraguaio até dá risada ao lembrar que, quem erra, é obrigado a pagar um castigo e fazer polichinelos.
– Eu só fiz uma vez (risos). É uma coisa divertida. Quem erra sempre paga. Todos esses treinos servem para melhorar. Para mim, que estou atuando mais à frente agora, tenho que trabalhar cada vez mais – afirmou o jogador.
O defensor está muito incomodado com a sequência de resultados ruins no Campeonato Brasileiro. Por isso, decretou: é hora do tudo ou nada diante do Bahia, na partida que será realizada no próximo sábado, às 19h, no estádio de Pituaçu, em Salvador.
– Todos os jogos são assim, difíceis. Nós trabalhamos bem contra o Vasco e estamos melhorando. Está complicado sair o gol mesmo, mas temos de ganhar o jogo de qualquer jeito contra o Bahia. Ficar fora da Sul-Americana já foi ruim, fiquei muito chateado. Não classificar para a Libertadores só vai aumentar a nossa frustração – ressaltou o lateral.

Ceni, Luis Fabiano e Juan treinam
com o grupo e devem jogar sábado

Conforme previsão do departamento médico, trio trabalhou sob comando de Emerson Leão e, se não sentir nesta sexta, irá enfrentar o Bahia em Salvador

 

Após o empate por 0 a 0 com o Vasco, no último domingo, em São Januário, o São Paulo terá uma equipe reforçada no duelo de sábado, contra o Bahia, no estádio de Pituaçu, em Salvador. Na manhã desta quinta-feira, como estava previsto pelo departamento médico, o goleiro Rogério Ceni, o lateral-esquerdo Juan e o atacante Luis Fabiano participaram do treino comandado pelo técnico Emerson Leão. A princípio, não sentiram nada, e têm grandes chances de estarem em campo no final de semana.

O capitão são-paulino torceu o tornozelo esquerdo na derrota por 2 a 0 para o Libertad, pela Copa Sul-Americana, no dia 26 de outubro. No mesmo jogo, o camisa 9 sentiu dores na coxa direita. Já o defensor reclamou de um incômodo no mesmo local após o duelo do último final de semana. Todos ficaram fazendo tratamento intensivo no Reffis durante a semana.

Com isso, Leão terá chance de escalar seu time ideal no próximo duelo. Como ele adotou o esquema com três zagueiros, Luiz Eduardo formará a linha defensiva com João Filipe e Rhodolfo. Dagoberto, que cumpriu suspensão contra o Vasco, tem volta assegurada, no lugar de Marlos, que ganhou duas partidas como titular para mostrar serviço, mas pouco apresentou.

Se não ocorrer nenhum problema de última hora, o São Paulo tentará acabar com o jejum de oito jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro com: Rogério Ceni; João Filipe, Rhodolfo e Luiz Eduardo; Piris, Wellington, Carlinhos Paraíba, Lucas e Juan; Dagoberto e Luis Fabiano. Com 50 pontos e ocupando a sétima posição na tabela, o time sabe que, se quiser manter a chance de brigar por vaga na Taça Libertadores da América de 2012, precisa vencer no final de semana.